Morte lenta...ou rápida

Há vários jogos que o Gil se vem queixando da arbitragem. No entanto não tenho considerado que as razões de queixa tenham sido tão marcantes como o desempenho da equipa. É esta que não tem estado suficientemente bem para ganhar jogos. Hoje não fugiu muito à regra, mas houve uma decisão de arbitragem que marcou todo o jogo: o penalty a 5 mn do intervalo e a consequente expulsão de Gregory.
Que posso dizer...ao vivo não consegui ver mão nenhuma na bola. Podia ter acontecido de facto e mesmo assim não conseguir dar por isso...na rapidez do jogo, no ângulo de visão que se tem...não se vêem todas as coisas como acontecem. Por isso é que os árbitros também erram. A impressão com que se ficou no Estádio foi de que no peito de Gregory é que a bola chocou.
Mas como doeu...naquele jogo equilibrado, ver tudo (quem sabe o jogo mais importante da época) a desmoronar-se assim, com um Gregory a sair do campo em desespero, tentando conter as lágrimas e escondê-las sob a camisola que puxou para o rosto enquanto se dirigia com uma pressa revoltada para o balneário. Foi esta a imagem deste jogo. E talvez o resumo da época esteja todo nesta imagem.
Foi deveras um sentimento de revolta...de soltar muitos palavrões e ao mesmo tempo se ficar calado e deixar cair os braços.
Na rádio falavam que segundo se podia visualizar nas imagens televisivas, não existiu penalty. Na TV não se consegue ver nada. Não fazem um replay , não mostram em câmara lenta, e o penalty acaba por ser apenas chamado de "duvidoso" nos vários órgãos de comunicação. Continuo sem ter a certeza se foi penalty ou não foi, e na verdade já não interessa.
Se lhe chamam de duvidoso, fico com uma certeza: não devia ter causado que uma equipa jogasse praticamente durante 1 hora sem um jogador. Não devia decidir um jogo da importância deste.


Num jogo em que teimaram em voltar a colocar Rodolfo Lima a jogar, num jogo em que Nandinho não foi tão feliz como nos habituou, o Gil marcou nos últimos segundos do tempo de desconto, a jogar com 10, numa segunda parte em que apenas durante o primeiro quarto de hora não fez mais do que o Guimarães; numa segunda parte em que o Guimarães fez todas as substituições, mais para que não fosse, para ajudar a passar o tempo. O Gil jogou melhor com 10 do que com 11, não porque fosse mais fácil, mas porque jogou com mais vontade do que na 1ª parte...acordaram quando se encontraram a perder e o tempo a apertar.

Mas nada mais do que um ponto neste jogo...muito pouco...muito pouco.

[Como aparte: Os braços fazem parte do corpo, como a cabeça, os joelhos , os ombros. Se em futebol só não se pode jogar a bola com as mãos/braços (quando se o faz de forma voluntária e propositada) , não deixa a bola de poder tocar no braço, na mão como toca no rosto ou em qualquer outra parte do corpo, quando é de forma natural e inevitável.]