Reflexões Gilistas

Comentários e reflexões à volta da equipa de futebol do Gil Vicente F.C.

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31.10.04

Depois da 7ª jornada, uma saída e uma entrada

6 jogos perdidos e 1 ganho em 7 jornadas do campeonato, acabaram por levar Luis Campos a pedir a demissão. Fê-lo com certeza não porque não acreditasse que conseguia fazer com que as coisas melhorassem, mas porque o tempo urge e há variáveis que limitam o tempo de espera pela melhoria, pela espera que a sorte sofra uma reviravolta.
Assim Luis Campos saiu e espera-se que essa reviravolta se dê instantaneamente pela própria acção da mudança de treinador.
Luis Campos fez pouco de mal. Ele tentou encontrar uma equipa que nunca se encontrava a ela própria, ele mudou as peças quando as peças não resultavam (e que fazer quando elas nunca resultam suficientemente?), mas o facto é que se tem que jogar com os jogadores que se tem. E o facto ainda é que a equipa tem uma defesa completamente nova onde apenas Nuno Amaro sobrevive da época anterior. A verdade é que Marcos António com 21 anos é agora titular do centro de uma defesa onde na época passada praticamente nunca conseguiu jogar.
Luis Campos tentou ainda abalar a equipa emocionalmente, transparecendo um tipo de discurso agressivo e conflituoso para que funcionasse como outra base para se operar a reviravolta das exibições. Mas não resultou. A Luis Campos restava-lhe aplicar um corte e provocar uma mudança radical face ao deslize a que a equipa se via envolta: colocar o jovem Paulo na defesa, des-situar os jogadores das suas habituais posições, enfim uma autêntica revolução. Não chegou a tanto. Luis Campos tentou seguir a lógica, mantinha-se crente, mas face a jogos a acabar sempre com o mesmo resultado, L.C. teve que continuar a seguir a lógica e apresentou a demissão.
Terminou muito cedo o projecto de médio/longo-prazo que a direcção abraçou com Luis Campos e que tinha por base uma estratégia a seguir e a cumprir tendo em vista um horizonte de 3 anos. Luis Campos e a direcção desligaram-se mas com os laços de amizade, agradecimento e respeito a permanecerem bem firmes, o que leva a crer que L.C. e o Gil voltarão possivelmente a ligar-se de novo no futuro como já o tinham feito no passado.

Feito o anúncio da saída, foi altura de surgirem os nomes do próximo. Confesso que me surgiu o nome de Dito como hipótese para futuro treinador. Dito, homem de Barcelos que jogou pelo F.C.Porto e treinou entre outros clubes o Salgueiros. Ultimamente tenho ideia de que era/tem sido o técnico de uma equipa da zona sul. Mas não foi este nome o que se concretizou.

Ulisses Morais é o treinador escolhido para o recomeço do campeonato do Gil Vicente. Conhecêmo-lo do Estoril, clube que trouxe até à Superliga e de onde saiu antes mesmo de o campeonato começar por razões que certamente nada têm a ver com o trabalho e o sucesso que ele conseguiu no clube. Sem nada mais para se dizer, resta desejar a U.Morais muito boa sorte como líder da nossa equipa.

17.10.04

Bolas, isto está mau.
Não é só incompetência, nem é só azar. São ambos.
Não é só uma equipa desiquilibrada e inconsistente, nem são só as arbitragens. São ambos.
Mas é antes de mais uma defesa sem segurança, em especial uma dupla de centrais que ainda não está assente, e a má coordenação com um meio campo (defensivo) pouco activo. Era preciso um Costinha e um Deco, mas é pedir um pouquinho demais, especialmente agora que o Deco parece estar a dar-se bem em Barcelona e não vai querer vir para o Gil.
É ainda um Carlitos que trabalha sem apoio suficiente e que leva abaixo demais os cruzamentos para um Júlio César que devia jogar perto da baliza, coisa que não sucede, e que faz com que à 6ª jonada não tenha rendido golos ainda.
São ainda jogadores que não estão com confiança para driblar o adversário nem mesmo tentar o remate de longe quando à falta de ponta-de-lança e à falta de outras opções, se deviam ver nessa necessidade. (Fábio Januário tem sido mesmo assim o mais esclarecido nesses aspectos).
E é um treinador que sabe trabalhar, mas que precisa de conter mais as emoções e manter-se mais sereno, porque a equipa também precisa de serenidade. Serenidade e confiança.

Seguem-se 4 jogos com adversários de nome: Guimarães e Nacional fora, Benfica e Porto em casa.
4 pontos fora e 3 em casa (ok, 1 em casa) não seria mau...mas sem pressão.

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