Reflexões Gilistas

Comentários e reflexões à volta da equipa de futebol do Gil Vicente F.C.

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27.4.06

Ser adepto

Não diz tudo...é impossível dizer tudo...mas diz bem, do que é estar na pele de um adepto. Retirado do jornal "Gilista" (recentemente lançado pelo clube, e do qual falarei mais tarde..quando a temporada nos abandonar e eu tiver que matar as saudades de alguma maneira)


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  • Ser adepto de futebol deve ser antes de mais adorar o futebol e respeitá-lo. É deixar-se envolver pela emoção e paixão - total, incondicional e incontrolável! Se não for assim, o jogo pode perder todo o sentido...


  • ser adepto de futebol passa quase sempre por gostar de um clube (mas gostar sem "meias tintas"!) - e isso envolve um grande grau de irracionalidade. Se calhar, por isso é que é tão popular. Talvez haja coisas que se devam apenas sentir...


  • ser adepto de futebol é sofrer! É estar preparado para sofrer, pela nossa equipa, em conjunto, partilhando com outros, como nós, esses momentos. Esquecem-se as diferenças sociais, etárias ou sexuais.


  • ser adepto de futebol é também ser radical: fazer uma escolha e viver com ela (para o mal e para o bem!). É ficar feliz ou triste, é tomar partido e levar isso até ao fim. Faz parte da nossa identidade...


  • ser adepto de futebol é nunca poder apreciar devidamente o mais belo golo do mundo se for marcado na nossa baliza. Por isso é algo de estúpido e glorioso ao mesmo tempo.


  • ser adepto de futebol é também rir e chorar sem qualquer tipo de vergonha associada.


  • ser adepto é pagar para jogar. Por isso dizemos "nós falhamos o penalty", ou "nós marcamos um golo". Nós também jogamos. E muitas vezes com que sacrifício!


  • ser adepto é gostar de estar num estádio, no meio de milhares que sentem o mesmo. É gostar da excitação, de um certo descontrolo emocional que não se encontra em muitos locais no resto da vida.

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Quanto mais haveria para dizer...lamento pelas pessoas que não conseguem saber como é o sentimento...por aquelas que não sentem que a vida neste mundo seria muito menos agradável e muito mais deprimente se o desporto não existisse. Esta paixão que nos preenche...que mesmo quando nos deixa tristes, nos mantém agarrados...deve ser o sofrimento mais viciante...o estranho sofrimento do qual não nos queremos afastar. Que nos proporciona momentos infantis, inesperados, exagerados, extasiantes, memoráveis, únicos. O refúgio de quase todos os momentos da vida...às vezes sabe bem esquecer que se trata apenas de um jogo.

Adoro os meus clubes - embora para aqui só um seja chamado...É com eles que se sente aquela coisa rara, de que amar sem medida é o melhor, de que a eles, ao contrário de com quase tudo o resto, nunca se sente que se ama mais do que o que se recebe.

Força Gil...no matter what comes...

whatever will be, will be...and will be alright!

Posso até nem gostar da cor da tua camisola nem do nome, mas...

Amo-te G.V.F.C.

...e quanto mais só te deixarem, mais eu te amarei.


Foto: http://gvfc_fans.blogspot.com/

23.4.06

Coentrão " é do GILE"

Estádio cheio.
Público vestido a rigor: azul e vermelho a toda a volta do rectângulo de jogo, asfixiando o verde.
Asfixiando o verde e branco do Rio Ave que agora se verá entre as dez e as onze para se safar da Liga de Honra. O resultado foi asfixiante, mas a exibição não: jogo de equilíbrio, em que o Gil se mostrou como a equipa mais dominadora na 1ª parte, mas bastante mais incapaz e inoperante na 2ª metade...sim, o golo apareceu a um quarto de hora do final, contra a corrente do jogo.

Presenceando um Rio Ave que tudo ia fazendo para afrouxar a velocidade do jogo, à espera de qual golpe de sorte e não de merecimento, os cerca de 12000 adeptos viram uns primeiros 45mn de boa atitude da equipa, mas de falta de lances de verdadeiro perigo.
Cedo chegaram a pensar que o resultado ia voltar a ficar marcado pela arbitragem (tal como os dois anteriores jogos em casa) : Nandinho cai na área, e para muitos ficou a impressão de ter sofrido falta. O árbitro assistente, do ângulo em que estava não podia ficar com certezas e nada assinalou perante os protestos de Nandinho que apenas lhe viu ser dado o cartão amarelo. É um daqueles lances a ser revisto.

A partir daí o Gil desanimou e as coisas não estavam a figurar nada bem...e foi Jorge Baptista a evidenciar-se com um par de enormes defesas. Contudo, foi justamente quando não parecia que ia dar, que C.Carneiro que entretanto tinha entrado para substituir Rodolfo Lima, cruzou da direita para que L. Coentrão só tivesse que encostar o pé à bola e estrear a baliza de Mora, mesmo ali à mercê...sem complicar.
A festa foi grande...a alegria levantou o Estádio.
E o resto do jogo não foi nada díficil.

A vitória é justa...o Gil ainda não quebrou. E esperemos que dentro de duas jornadas, aquele pretenso penalty não assinalado, não venha a ser chamado à memória no âmbito de contas de desempate. (Rio Ave-1 Gil Vicente-0 ; Gil Vicente-1 Rio Ave-0)


Foi mesmo naquela baliza que a bola entrou.

Foto : Blog do Rio Ave F.C., http://rioave.weblog.com.pt/

22.4.06

Mínima curiosidade

A nota dada pelo jornal A Bola ao árbitro do jogo Gil Vicente- E. Amadora, referente à 30ª jornada, foi 6. Nem interessa saber se é 6 em 6, se é 6 em 10, se é 6 em 100...basta dizer que foi a nota mais alta de todos os jogos da jornada. Será que para A Bola, a uma nota menor corresponde uma exibição melhor? Julgo que não...

Se a um árbitro que tem uma decisão tão errada que marca o resultado de um jogo desta importância, lhe é atribuida a nota mais alta de todos os árbitros da jornada, então eu faço de conta que acredito que nos outros jogos as arbitragens foram tão catastróficas que todos os resultados sofreram adulteração directa...

16.4.06

4-1 sem sairmos do penúltimo lugar

Gregory é o melhor ponta de lança que o Gil conseguiu esta época. O defesa central voltou a marcar, e confirma a primeira posição no top dos marcadores gilistas. E que golo...quem dera a muitos executar um pontapé de bicicleta com aquela perfeição.
E o facto de ser um defesa o melhor marcador...bem se calhar diz muito. Diz que C.Carneiro esta época não rendeu...e que Mateus, o "amador" contratado a meio da época e impossibilitado de jogar, poderia ter sido extremamente útil, como entretanto vinha a conseguir provar nos poucos jogos em que participou, tal como nos treinos.

No jogo de hoje no entanto, a estrela foi Nandinho...quando uma pequena lesão manteve até à última a dúvida sobre a sua utilização neste jogo, ele acabou por jogar e muito, mostrando-se como o mais influenciador da equipa. Marcou 2 golos e nem se conte as jogadas em que participou. É juntamente com Carlitos (que também marcou) , uma dupla que não merece outra divisão que não a 1ª.

Jogo que marca a 1ª vitória sob o comando de Paulo Alves.

Próximo duelo: GIL vs Rio Ave
Atenção que o Rio Ave também se anda a queixar da arbitragem...

13.4.06

O que resta


Naval vs Gil
Gil
vs Rio Ave
Braga vs Gil
Gil vs Belenenses


Que mais brindes de arbitragem nos estarão reservados?


Valha-nos a ...honra.




Foto: Record

10.4.06

Gil empurrado à força

Assistir a uma roubalheira jogo após jogo é frustrante. Ver penalties inventados, jogadores mal expulsos e golos que não entraram serem validados, é revoltante. De modo especial quando os cordelinhos se mexem nos jogos contra as equipas que lutam pelos mesmos objectivos. Prejudicassem o Gil contra o Porto...agora contra estes, tenham por favor vergonha de ser tão indiscretos. Sim, o destino do Gil está traçado...porque o resultado nos jogos do Gil depende não só das bolas que entram mas muito mais das que eles fazem com que entrem. Se dependesse apenas do futebol puro e duro, o Gil tinha hipóteses pois (já tinha pelo menos ganho a Guimarães e Amadora, ou seja tinha mais 4 pontos), mas nos dois últimos jogos em casa (nem em casa nos respeitam) ficou perfeitamente claro que a luta é desigual.

O jogo?
Gil-Estrela foi antes de mais um jogo equilibrado. Foi também o jogo das coincidências: Santamaria (que entrou no 11 inicial à última da hora) colocou o Estrela em vantagem a 3 minutos do intervalo. Coincidência: no anterior jogo em casa, os visitantes também tinham marcado por esta altura. Coincidência 2: tal como no anterior jogo em casa contra outro adversário directo (digamos), o fiscal de linha do lado da baliza sul, faz o resultado do jogo. Triste sina a nossa. Coincidência 3: Gregory volta a estar no centro...no jogo anterior foi injustamente expulso e castigado com um penalty, desta vez cabeceou para o golo do empate.

O jogo? Sim, equilibrado até ao golo do Estrela. Desigual ao ser assinalado um golo que nunca chegou a entrar e é terrível a forma como isso foi claro. TV? Câmara lenta? Não é necessário. João Pedro safou a bola antes da linha de golo. Mas é que não ficou a mínima dúvida nem nos jogadores do Gil, nem dos do Estrela, nem em nenhum dos cerca de 10000 (Aleluia) espectadores nas bancadas, muito menos para aqueles que estavam na posição do fiscal de linha em questão. As cenas de terror do último jogo em casa, estavam inacreditavelmente a repetir-se à frente dos nossos olhos. O público enfurecia-se com razão e a força de intervenção policial desfilava e assentava arraiais de frente para a bancada Poente (como aliás o viria a fazer mais vezes durante o jogo), irritando ainda mais o estado de espírito dos adeptos.

A segunda parte veio, o equilíbrio mantinha-se sem que houvessem muitas oportunidades de golo e como durante todo o jogo, o verdadeiro perigo do lado do Estrela vinha do veloz Manu. Era contudo o Gil que criava as melhores oportunidades para marcar, até que coube a Gregory conseguir o golo do empate. O golo catapultou a equipa e fez renascer a esperança do público. O Gil ganhou força e partiu para um domínio que foi avassalador a partir do momento em que Manu foi expulso. O Gil pressionava os 10 homens do Estrela que se mantinham encostados no seu meio campo defensivo e a bola só pontualmente voltava para o meio campo do Gil. A pressão era enorme. As tentativas contudo, fracassadas.
Carlitos fazia o que queria nos flancos, investindo continuamente em arrancadas que os defesas simplesmente não conseguiam parar. Os cruzamentos contudo ora acabavam nas mãos de Bruno Vale, ora no desvio dos defesas à boca da baliza, ora ainda num regressado Carlos Carneiro em tarde muito "não".
E de novo o sufoco causado não terminou em mais golos, de novo um empate com sabor extremamente amargo, de novo o Gil não ganha e vê assim o seu futuro mais claramente.


Foi bom ver o Estádio cheio...mas foi mau ver que estavam muitas pessoas que num campeonato com 34 jornadas, só lá puseram o pé ontem pela única vez nesta época.
Quantos espectadores irá o Gil ter a assistir aos jogos na Divisão de Honra?

De destacar que é o defesa Gregory que se apresenta como o melhor marcador da equipa.

O triste (mais uma vez) ponto-chave da partida: http://futebol.sapo.pt/ - tanto se me dá que as imagens induzam a pensar de uma maneira ou de outra. O facto é só um: nunca na vida a bola ultrapassou a linha de baliza.
Que eu saiba não existem no Estádio câmaras posicionadas em condições de provar que aquele fiscal de linha tomou a atitude correcta. Que não tomou. Nunca a bola que João Pedro desvia de cabeça, com os pés sobre a linha e a cabeça inclinada para a frente do corpo, sofrendo simultaneamente falta do jogador do Estrela, nunca...nunca entrou na baliza do Gil.

Tal como contra o Guimarães, o Gil teve o apoio massivo dos barcelenses; tal como contra o Guimarães, o Gil mostrou vontade e superioridade, e para escândalo geral o Gil foi, tal como contra o Guimarães, vítima de uma arbitragem que anda tudo menos desatenta às movimentações do fundo da tabela.

Nunca a imparcialidade tinha sido tão indiscretamente desmontada.


ORGULHO GILISTA, SEMPRE!

9.4.06

Just

Fuck the refs.

8.4.06

Gil Vicente vs E. Amadora : 30ª jornada - 09.04.2006

Será desta que poderemos, ou ainda não, deitar de vez a toalha ao chão.



(numa perspectiva optimista, de qualquer maneira)

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